Projeto "Fortes" Ventos III

(ou 1 e meio)


Ushuaia - Janeiro/2012

O projeto consiste em percorrer durante um mês em viagem de moto, um trajeto de aproximadamente 13.000 km, sendo a maior parte pela região da Patagônia, indo até a cidade de Ushuaia, capital da Província da Terra do Fogo, ponto de presença humana mais ao sul antes da Antártida.

Na oportunidade, a proposta será também de levar na bagagem uma mini bateria e fazer uma gravação em vídeo, tocando uma música em homenagem ao lendário baterista Neil Peart, da banda canadense RUSH, que além de ser um dos maiores bateristas da história, também é um motociclista de grandes viagens de moto pelo mundo.

Nos anos de 1997 e 1998, Neil Peart sofreu duas perdas irreparáveis: sua filha Selena de 19 anos num acidente e sua esposa Jackie, alguns meses depois, de câncer. No enterro de sua esposa ele disse aos companheiros da banda que o considerassem aposentado. Tirou um tempo para si e nos anos seguintes, rodou mais de 80.000 km de moto pela América do Norte e Central.

Essas aventuras e muitas considerações sobre a vida e o momento em que viveu com suas perdas foram escritas no livro “Ghost Rider: Travels on the Healing Road” (Motoqueiro Fantasma: Viagens pela Estrada da Cura). Ele retornou ao Rush e às turnês em 2001, mantendo o hábito de viajar de moto. Recentemente, durante o tour do Rush pela América do Sul em 2010, Neil Peart utilizou sua moto para viajar entre os locais dos shows, ao lado de seu amigo Brutus. Partiram de São Paulo, foram ao Rio de Janeiro, Buenos Aires e atravessaram os Andes até o Chile.

Abaixo fotos da mini bateria utilizada no Projeto FORTES ventos II e da mini bateria Odery produzida pela empresa especialmente para a próxima viagem.

Por que o termo “ou um e meio”?

A proposta da 1ª viagem denominada Projeto “FORTES” Ventos I, tinha como objetivo alcançar o extremo do continente do sul da América, porém 1.000 km antes de alcançar essa meta na passagem pela cidade de Comodoro Rivadavia na Patagônia Argentina, a moto apresentou problemas mecânicos e no dia seguinte, enquanto aguardava o concerto da mesma, após sentir dores abdominais muito fortes e ser encaminhado ao hospital, foi diagnosticado uma crise de cálculo renal, mais conhecido como pedras nos rins.

Depois de aguardar durante nove dias o concerto da moto e recuperação da crise renal, a decisão mais sensata foi de retornar de moto ao Brasil, sem concluir o útimo trecho, até o Ushuaia. O relato desse episódio foi acompanhado durante os boletins realizados ao vivo pelo telefone para o programa Adelor Lessa da Rádio Som Maior Premium de Criciúma/SC e estão sendo registrados para a publicação de um livro que trará com detalhes as viagens/aventuras motociclisticas de Cristiano Forte.

Dessa forma, o Projeto “Fortes” Ventos III, não deixa de ser uma maneira de retomar a ideia de chegar ao “Fim do Mundo” de moto, mas agora acrescentando o desafio de levar como diferencial, uma bateria na bagagem para tocar neste local tão único, ao lado da placa do “Fim do Mundo”.

O projeto FORTES Ventos III conta com a parceria de grandes amigos/empresas que possibilitaram os recursos e apoio para a conclusão de mais este desafio.

Agradecimentos especiais: Mormaii, Baterias Odery, Baquetas C.Ibañez, X-pró percussion, Alforjes Front Side e Ótica Lino.














Projeto FORTES Ventos III


Durante o ano conversando com o amigo motociclista Rauen, surgiu a possibilidade de realizar mais uma viagem ainda no final deste ano(2011). Iniciamos as conversas, mas acabamos não conseguindo conciliar nossas agendas de férias, o que foi uma pena, pois estava muito empolgado em fazer a minha primeira viagem em dupla, já que sempre viajei para longas distâncias sozinho. Seria também, uma honra ter um parceiro e amigo tão renomado no meio motociclistico. www.rauenmotoviagem.com.br/

Em seguida, comecei a conversar sobre a ideia com o Fabio Copetti, outro amigo e parceiro de viagens pela região sul, que aceitou o convite e imeditamente,  iniciou-se o planejamento para uma viagem ao Ushuaia na Terra do Fogo, marcada para o final de dezembro de 2011.

Preparação

A partir de julho de 2011, começamos a definir alguns objetivos no trajeto que idealizamos. Como era a primeira viagem internacional de Fábio Copetti, foi muito legal presenciar toda sua ansiedade tentando imaginar como seria realmente estar passando por aqueles trechos que até então eram marcações de rodovias traçadas naquele mapa. Sem dúvida nenhuma, esses momentos que antecedem uma primeira viagem de longa distância e duração, são tão intensos quanto a própria viagem. Nesse momento decidimos que o Fábio ficaria responsável pela pesquisa de pontos diferentes do que eu já tinha visitado e assim teríamos novas opções pra seguir. Foi impressionante a dedicação do meu novo e primeiro parceiro de grandes viagens, pois além das pesquisas também se preocupou com detalhes para as bagagens e registro da viagem.


Também não poderia deixar de citar o grande mecânico e amigo Marcelo, que não deixou faltar nenhum detalhe nas preparações das motos e nos deu um suporte por telefone, sempre que tivemos alguma dúvida, antes ou durante a viagem.

 

Quase na estrada

Resolvemos sair em dias diferentes de Santa Catarina, pois como minha família é de Canoas/RS(grande Porto Alegre/RS), procuro sempre passar o natal com eles. Então ficou marcado a saída oficial do Fábio de Santa Catarina no dia 27/12/11, para partirmos juntos de Porto Alegre/RS no dia 28/12/11.

23/12/11

Ainda em Criciúma/SC, em um dia antes de me deslocar para Canoas, logo após acordar, percebo que há um bilhete em cima da mesa. Nele, a mensagem avisando que foram levar o Sr. Elpídeo ao hospital. Mas antes de continuar a história, preciso explicar brevemente quem são essas pessoas.

Em 2004, decidi morar em Criciúma após minha separação no casamento. Ao começar a avisar os amigos e pedir sugestões de locais para morar, recebi o convite da família do Fernando (ex-aluno de bateria e meu roadie em alguns eventos), para morar em sua casa, pois ele estava indo para Itajaí fazer a faculdade e seu quarto ficaria vago nos próximos anos. Aceitei o convite para fazer uma experiência inicial em minha chegada à cidade e acabamos estendendo a minha já antiga amizade com o Fernando, para a sua família também. Hoje em dia, nos tratamos praticamente como  irmãos, pois se passaram oito anos convivendo com essa família que me acolheu como um filho.

Da esquerda para a direita na foto: Zuleide, Fernando, Elpídeo, Geni e Leoni, minha mãe em uma visita.

Retomando o relato sobre o recado em cima da mesa, um pouco mais tarde recebi a notícia o Sr. Elpídeo havia ficado internando em função de complicações no diagnóstico de uma úlcera.

Neste mesmo dia que antecedia a viagem, acabei também fazendo uma atrapalhada com meu notebook e ao invés de formatar um pen drive, formatei um compartilhamento do meu HD. Nada muito grave, mas tive que levar a um técnico de informática para avaliar melhor, o ocorrido.

24/12/11

É véspera de Natal. Sigo monitorando a situação do Sr. Elpídeo, que agora está na UTI após uma cirurgia de emergência, mas se recuperando bem. Decido ir almoçar nos meus grandes amigos Nena e Mauro, para fazer as despedidas antes da saída para Canoas/RS.

No início da tarde, inicío a minuciosa montagem da bagagem que já estava separada, mas ainda não montada na moto. Foi uma tarefa muito difícil, pois não estava cabendo tudo o que havia separado. Então, decidi optar por deixar um tambor extra que usaria na bateria. Tive problema também nos alforjes novos(malas laterias da moto), que só naquele momento fui constatar que eram de um tamanho menor do que eu imaginava, quando encomendei.

Depois de muitas amarrações com redes elásticas, consegui completar o desafio dessa montagem, pois além das minhas bagagens da moto, ainda tinham os presentes de Natal para meus familiares. Algo surreal, ver que finalmente havia conseguindo colocar tudo aquilo na moto. A pilotagem ficou super comprometida, mas ir carregado daquela forma, seria um teste crucial para ver até quanto eu poderia exagerar nas bagagens

.

A tarde do dia 24 de dezembro estava muito chuvosa e fui praticamente a viagem toda de Criciúma à Porto Alegre embaixo de muita água, testando também a ineficácia da impermeabilidade de minhas luvas e botas. Pelo menos a bagagem não molhou, mas foi uma viagem super tensa. Tanto pela chuva, quanto pelo excesso de bagagem e pouco espaço no banco para a pilotagem. O amortecedor praticamente não existia, pois a moto estava utilizando por completo todo o curso da suspensão. Algo que nunca havia visto antes, principalmente numa moto Big Trail como a XT 660. Como sempre, o início foi bem complicado, mas aos poucos fui criando confiança e aumentando o ritmo de viagem.

Já em Canoas, a noite de Natal em família foi muito agradável e por mais que os presentes sejam algo comercial desta data festiva, ver as crianças felizes abrindo os presentes, é um momento sempre muito divertido e prazeroso.

25/12/11

Acordamos bem tarde no dia de Natal e as mensagens começaram a chegar. Infelizmente foi um dia bem pesado, com vários acontecimentos e notícias tristes. Iniciando pela piora de saúde do Sr Eupídeo e na sequência, outros acontecimentos que decidi não detalhar, para que esse relato não pareça uma escrita sensacionalista(visita a um familiar em fase terminal de câncer e falecimento de um amigo num crime na noite de natal). Porém, resolvi pelo menos citar esses fatos, para que possam ter ideia da magnitude dos acontecimentos que acabaram acontecendo nas vésperas dessa viagens, afetando bastante o psicológico em um momentoem que se precisa estar com  a mente relaxada para vivenciar o que uma aventura de moto costuma nos proporcionar.


A viagem

OBSERVAÇÃO: Nos relatos a seguir, os km diários não são exatamente as distâncias entre as cidades, pois se trata do percurso diário incluindo os passeios.


1º DIA - 27/12/11(terça-feira)

De Urussanga e Criciúma/SC(Brasil) à Porto Alegre/RS(Brasil)

Diário 381 km - Geral 381 km

Saio de Criciúma/SC dia 24 de dezembro em direção à Porto Alegre. Fico impressionado com a bagagem montada pela primeira vez na moto e por pouco, achei que não seria possível levar tudo que planejei. A viagem foi com muita chuva e a pilotagem muito comprometida pelo excesso de peso e a maneira como foi distribuída a bagagem, sobrando pouco espaço inclusive para poder sentar na moto. Como havia relatado anteriormente, me antecipei alguns dias da saída do meu parceiro, dessa forma, consideramos hoje (terça-feira dia 27/12/11) como a data oficial para a saída. Nesse dia, por volta das 13 horas, o Fábio chega a Porto Alegre para almoçarmos na casa de minha mãe e ver detalhes que havíamos programado para esse dia, como o cartão de vacinação da ANVISA, malas novas da FRONT SIDE, ajustes nas bagagens e equipamentos para o registro da viagem, como a fixação das câmeras nos capacetes. Sem dúvida, o dia que antecede a viagem torna-se o mais tenso e a sensação de que esquecemos alguma coisa, esta presente constantemente.


2º DIA - 28/12/11(quarta-feira)

De Porto Alegre/RS(Brasil) à Tacuarembó(Uruguai)

Diário 618 km - Geral 999 km

Foi muito difícil dormir a noite anterior e mesmo assim, acordei meia hora antes do despertador, tamanha a ansiedade. Me despedi da minha mãe que sempre consegue me passar um equilíbrio entre confiança para que tudo dê certo e a insegurança, reforçando os cuidados que precisamos manter em todos os instantes durante uma aventura como essa, viajando de moto e tendo o primeiro contato com lugares distantes e desconhecidos.

 

A viagem pelas estradas do Rio Grande do Sul até a fronteira com Uruguai, foi muito tranquila. Conversamos praticamente a viagem inteira pelos comunicadores instalados nos capacetes. Não sei de onde tiramos tanto assunto, mas a adrenalina do primeiro dia de viagem, faz com que as conversas sobre as expectativas dos roteiros, sejam extremamente prazerosas.

A chegada na primeira fronteira, dessa vez entre a cidade de Livramento/RS e Rivera no Uruguai, sempre me deixa muito tenso, mesmo sendo um trâmite super simples. Mas é nesse primeiro momento que temos contato com o outro idioma e comprovamos se realmente não esquecemos de algum documento. Há também a questão da troca de moeda e algum câmbio que precisa ser feito e isso sempre envolve uma negociação  com pessoas que você nunca viu e que  estão ali pra tentar tirar a maior vantagem possível, pois esse é seu negócio diário.

Nessa fronteira com a cidade uruguaia de Rivera, aproveitei para procurar um fone de ouvido profissional, pois é uma região de free shops muito tradicional. Lá fiquei muito impressionado com a bagunça que algumas crianças  estavam fazendo com bombinhas(rojões), explodindo na calçada em meio aos pedestres e dando um grande susto em todos daquela região lotada, devido ao grande movimento das lojas.

Em seguida, seguimos viagem e chegamos a cidade de Tacuarembó no Uruguai,  ainda com sol e com tempo de dar uma circulada pela primeira cidade que nos hospedaríamos fora do país.


Hora de conhecer também a nova  rotina diária de carregamento de baterias  e descarregamento de cartões de memória, das câmeras GoPro instaladas no capacetes e das câmeras de mão para foto e filmagens.



3º DIA - 29/12/11(quinta-feira)

De Tacuarembó(Uruguai) à La Plata(Argentina)

Diário 746 km - Geral 1745 km

Compramos gasolina na noite anterior para colocar nos galões extras, pois o trecho que iríamos rodar hoje tem uma distância a se preocupar pela autonomia dos pequenos tanques de 15 litros da XT660.

Optamos em seguir mais um pouco pelo Uruguai, evitando o roteiro convencional que costuma fazer a passagem da fronteira do Uruguai pela cidade de Paysandú, entrando na Argentina pela cidade de Colón. Seguimos então para a fronteira um pouco mais ao sul do Uruguai na Aduana de Fry Bentos que logo ao entrar na Argentina, passa pela cidade Gualeguaychú, conhecida pelo seu famoso carnaval. Esta mudança de roteiro, é em função dos muitos relatos negativos de abordagens da Policia Rodoviária da Argentina, no trecho que evitamos fazer entre as cidades de Colón e Gualeguaychú, na ruta 14. Mesmo assim passamos por outro posto policial, que não tem tanto a fama dessas abordagens. Particularmente, nunca tive problema algum relacionados a esses casos, mas é bom ter essa possibilidade de evitar.

Na Aduana de Fry Bentos, acabei fazendo uma de minhas atrapalhadas. Derrubei de cima do volante, o capacete com a câmera GoPro já instalada. Foi capacete pra um lado e câmera se desmontando pra outro lado, no chão. Dali em diante, tomei a simbólica punição de viajar sem uma câmera no meu capacete (risos).

Nesse trajeto, tínhamos os planos de conhecer uma famosa Basílica na cidade de Luján na Argentina, já próximo a Buenos Aires, mas optamos por não fazer essa visita, pois poderíamos comprometer nossa chegada ainda de dia na cidade de La Plata.

Em La Plata, tínhamos receio de problemas de deslocamento e de encontrar hotel fácil, pelo fato de ser uma cidade grande. Porém, acabamos conseguindo hospedagem excelente e barata. Nesse dia também, conversamos com um policial militar em frente ao hotel e ele foi extremamente gentil, dando inclusive um cartão de natal personalizado de sua corporação

Não tivemos fotos nesse dia, pois aproveitamos pra rodar quase 800 km entre 8 da manhã e 8 da noite, já que a estrada era muito movimentada e parecida com o estilo que vemos das rodovias federais como BR 101.


4º DIA - 30/12/11(sexta-feira)

De La Plata(Argentina) à Mar del Plata(Argentina)

Diário 481 km - Geral 2.226 km

A cidade de La Plata foi uma grande surpresa para nós. Tivemos muita sorte de ficar num local estratégico, onde conseguimos visitar facilmente alguns dos seus principais pontos turísticos dessa cidade. A Plaza Moreno onde encontra-se aos seus extremo a Catedral de La Plata e o edificio Municipal de La Plata.

 

Seguimos a sugestão do policial que conversamos na noite anterior e não seguimos pela estrada do litoral, pois é uma estrada menor e com muito movimento. Acabamos indo pela rodovia duplicada chamada Ruta 2, que em alguns pontos tivemos até a passagem por campos de girassóis na beira da estrada.

Ainda no Brasil, resolvemso reservar com antecedência um hotel em Mar Del Plata, era de se imaginar o grande movimento nesta cidade balneário, justamente no Reveillon e com o Rally Dakar tendo seu desfile e arrancada no dia 1 de janeiro. Pedi auxílio então a minha amiga Liandra, que é agente de turismo fez a pesquisa por hotéis nessa cidade. Mesmo em outubro foi muito difícil conseguir uma vaga. Cada vez que aparecia um hotel interessante, entre ela fazer o contato com a gente e retorna para o hotel, a vaga já havia sido preenchida. Começamos a ficar bem preocupados, até que conseguiu um hotel com preço muito baixo. Todos ficamos apreenssívos, mesmo com site e fotos do estabelecimento. Porém ao chegar na cidade, ficamos boquiabertos ao chegar no quarto do hotel, que era bem razoável, mas com a feliz surpresa de conseguirmos, nada mais, nada menos, que uma visão privilegiada para o desfile de apresentação do Rally Dakar. Surreal assistir na TV e da janela!

   

  

Logo depois de instalados no hotel, saímos para tentar fazer o câmbio da moeda argentina. Como era sexta-feira, acabamos não chegando a tempo do horário comercial e tivemos que fazer apenas uma pequena troca com um cambista na rua,  o que é sempre um pouco tenso.

Em seguida tratamos de pegar as motos já descarregadas e dar um passeio até a praia de Miramar, bem próxima a Mar del plata. No posto de combustível, já encontramos alguns caminhões do Rally.

Vista em alguns pontos da estrada até Miramar.

Ao retornar do passeio, avistamos o local onde estavam concentradas todas as equipes do Dally Dakar. Pra variar, acabaram nos confundindo com os pilotos, pelo fato de estar com motos estilo trail.

Foi muitíssimo divertido, ver as pessoas começarem a timidamente olhar e aos poucos uma aglomeração estava se formando em volta das motos. Sai de perto e fiquei só observando e tirando fotos do pessoas que praticamente cercou o Fábio para serem fotogradas com ele. Foi um momento muito legal mesmo, os 10 minutos de fama dele!

Já retornando para a cidade, cruzamos com caminhões do Rally num posto de gasolina e seguimos para a avenida costeira desse Balneário para curtir o final de tarde e anoite dar uma passada para conhecer um dos famosos Cassinos de lá. Neste dia comecei a ter uma dor nas costas terrível, já temendo que poderia atrapalhar bastante nossa viagem.


5º DIA - 31/12/11(Sábado)

De Mar del Plata Plata(Argentina) à Mar del Plata(Argentina)

Diário 0 km - Geral 2.226 km

31 de dezembro de 2011, Desfile dos pilotos do Dakar em Mar del Plata

 

Mesma cena da apresentação dos pilotos do Dakar entre a TV e a janela do quarto no hotel

 

Por uma distração acabei com o visor da minha máquina fotográfica, mas optei ficar registrando com ela por aproximadamente mais uns 10 dias até chegar a cidade de Punta Arenas no Chile e comprar uma nova câmera na Zona Franca.


6º DIA - 01/01/12(Domingo)

De Mar del Plata Plata(Argentina) à Rio Colorado(Argentina)

Diário 657 km - Geral 2.883 km

Acompanhamos durante esse dia os pilotos do Dakar pelas rodovias da Argentina. O calor entre as cidades de Bahía Blanca e Rio Colorado foi impressionante, chegando a 45 graus com a moto estacionada ao sol e 42 graus coma moto em movimento em plena 4 horas da tarde.

 

Equipes de apoio e posto de abastecimentos durante o trajeto.

 

Fazendo lanche com os campeões do Dakar 2012 em quadricíclos, os Irmãos Patroneli . Máquina dos campeões e tumulto na saída dos pilotos na lanchonete.


7º DIA - 02/01/12(Segunda-feira)

De Rio Colorado(Argentina) à Puerto Madryn(Argentina)

Diário 527 km - Geral 3.410 km

Difíceis momentos de decidir parar a viagem pra produzir uma foto, mas nunca nos arrpendemos depois

 

Problemas constantes de abastecimento na Argentina. Muita fila e espera no sol. Nessa fila foram 2 horas esperando.

 

Função diária de descarregar e recarregar as bagagens das motos nos hotéis.


8º DIA - 03/01/12(Terça-feira)

De Puerto Madryn(Argentina) à Península Valdes e Puerto Madryn(Argentina)

Diário 434 km - Geral 3.877 km

Desgastes excessívos e péssimas condições para andar quase 250 km no rípio da Península Valdes.

 

Península Valdes


9º DIA - 04/01/12(Quarta-feira)

De Puerto Madryn(Argentina) à Trelew(Argentina)

Diário 78 km - Geral 3.922 km

Em Trelew, excelente e estratégica cidade para realizar manutenções como troca de pneus.

No locutório da foto(cabines para tefefonemas) fiz a ligação para o Brasil na minha 1º viagem no projeto FORTES Ventos I em 2009, relatando para a rádio meus problemas de saúde e mecânicos da moto.

No termômetro a temperatura na cidade às 18 horas. Não imaginávamos passar tanto calor em plena Patagônia.

 

Museu Paleontológico de Trelew


10º DIA - 05/01/12(Quinta-feira)

De Trelew(Argentina) à Tres Cerros(Argentina)

Diário 683 km - Geral 4.605 km

Revendo um dos meus anjos da guarda no Projeto FORTES Ventos I. O mecânico Luiz foi quem concertou minha moto em 2009 na cidade de Comodoro Rivadavia.


11º DIA - 06/01/12(Sexta-feira)

De Tres Cerros(Argentina) à Rio Gallegos(Argentina)

Diário 695 km - Geral 5.300 km

Monumento Nacional Bosques Petrificados

 

Réplica da Nau de Magalhães na cidade em Puerto San Julian Argentina


12º DIA - 07/01/12(Sábado)

De Rio Gallegos(Argentina) à Rio Grande(Argentina)

Diário 394 km - Geral 5.694 km

Atravessando o Estreito de Magalhães e entrando na Terra do Fogo
Depois de um dia intenso e cruzando o rípio da Terra do Fogo segurando o para brisa da moto com uma mão enquanto a outra pilotava a moto, contei com a força do Fábio Copetti para tentar concertar o suporte do para-brisa, mas infelizmente a peça não resistiu a pancadaria e tivemos que descartar meu para brisa do restante da viagem.


13º DIA - 08/01/12(Domingo)

De Rio Grande(Argentina) à Ushuaia(Argentina)

Diário 292 km - Geral 5.986 km

Imagina um momento emocionante!

 

Analisando o Fim do Mundo e seu Farol

 

Museu do ex presídio do Ushuaia

 

A função diária de recarregar as baterias das camêras, mas algumas vezes com a possibilidade de visuais incríveis da janela do quarto.

 

Monumento às Malvinas na cidade de Rio Grande na Argentina

 

Família na estrada próximo ao Ushuaia


14º DIA - 09/01/12(Segunda-feira)

De Ushuaia(Argentina) à Ushuaia(Argentina)

Diário 0 km - Geral 5.986 km

Dia de descanço e compemplação do Fim do Mundo

15º DIA - 10/01/12(Terça-feira)

De Ushuaia(Argentina) à Cerro Sombrero(Chile)

Diário 488 km - Geral 6.474 km

DIA DA GRAVAÇÃO COM A MINI BATERIA

Acordo às 5 horas da manhã para fazer o passeio a Bahia Lapataia, pois iniciaríamos a gravação a partir das 7 horas. Escolhemos esse horário para que não houvesse movimento de pessoas e também não atrapalhássemos o ponto turístico que é o local da placa do fim do mundo.

 

Bahia Ensenada

Realizando o boletim ao vivo sobre a viagem para a rádio Som Maior

Amigo e companheiro de viagem Fábio Copetti, fundamental no registro dos vídeos

 

Mais uma importante etapa concluída!


16º DIA - 11/01/12(Quarta-feira)

De Cerro Sombrero(Chile) à Puerto Natales(Chile)

Diário 486 km - Geral 6.960 km

Punta Arenas à caminho de Puerto Natales no Chile

 

Refeiçao no Chile com abacate


17º DIA - 12/01/12(Quinta-feira)

De Puerto Natales e Torres del Paine(Chile) à El Calafate(Argentina)

Diário 433 km - Geral 7.393 km

 

Puerto Natales

 

Torres del paine

 

RUTA 40


18º DIA - 13/01/12(Sexta-feira)

De El Calafate Glaciar Perito Moreno(Argentina) à El Calafate(Argentina)

Diário 175 km - Geral 7.568 km

El Calafate e Glaciar Perito Moreno

19º DIA - 14/01/12(Sábado)

De El Calafate(Argentina) à Puerto San Julian(Argentina)

Diário 415 km - Geral 7.983 km

 

190 km de rípio pela Ruta 9


20º DIA - 15/01/12(Domingo)

De Puerto San Julian(Argentina) à Comodoro Rivadavia(Argentina)

Diário 440 km - Geral 8.423 km

Em direção à Comodoro Rivadávia para descançar uma tarde. Embora a cidade seja caríssima e difícil de encontarr hotéis.


21º DIA - 16/01/12(Segunda-feira)

De Comodoro Rivadavia(Argentina) à Perito Moreno(Argentina)

Diário 411 km - Geral 8.834 km

Tenta imaginar quantas tentativas até sair essa foto


22º DIA - 17/01/12(Terça-feira)

De Perito Moreno(Argentina) à Perito Moreno(Argentina)

Diário 0 km - Geral 8.834 km

Devido a uma intoxicação alimentar tivemos que ficar um dia parado na cidade de Perito Moreno na Argentina. Difícil repouso devido aos motores do gerador de energia da cidade que estava localizado no pátio ao lado ao hotel. Foto também de um novo amigo que com suas brincadeiras nos ajudou a passar o tempo nesse dia.

 

Mais uma vez utilizando o sistema de saúde da Argentina e felizmente sempre bem atendido.


23º DIA - 18/01/12(Quarta-feira)

De Perito Moreno(Argentina) à Comodoro Rivadavia(Argentina)

Diário 410 km - Geral 9.244 km

Mais uma vez o Luiz e sua equipe nos dando um auxílio na manutenção da moto. Felizmente dessa vez apenas a simples troca de óleo.


24º DIA - 18/01/12(Quinta-feira)

De Comodoro Rivadavia(Argentina) à Puerto Madryn(Argentina)

Diário 455 km - Geral 9.699 km

Vista da janela do hotel em Puerto Madryn na Argentina



 

Soldado do Exército Argentina muito gente boa colocando o adesivo de nossa viagem na mala da sua moto.

Petrobrás cada vez mais presente na Argentina


25º DIA - 19/01/12(Sexta-feira)

De Puerto Madryn(Argentina) à Villa Longa(Argentina)

Diário 585 km - Geral 10.284 km

Aproveitamos um pouco mais para descançar durante a manhã e seguir em direçao à Bahia Blanca, porém a falta de combustível na Argentina, mais uma vez nos atrapalhou o planejamento de km diária, mas nos proporcionou também a hospedagem na cidade de Villa longa, onde pude conhecer e tocar com uma banda local em uma bar da cidade.


26º DIA - 20/01/12(Sábado)

De Villa Longa(Argentina) à Saladillo(Argentina)

Diário 685 km - Geral 10969 km

Um temporal se armava e pensamos que dessa vez passaríamos por apuros em meio a uma estrada deserta, porém inexplicávelmente uma porta de luz se abriu para que passássemos ilesos da tormenta. Nunca tinha visto nada parecido.

 

Aproveitamos para ir a La Posta del Viajero na cidade de Azul na Argentina e conhecer o proprietário e suas histórias sobre os viajantes do mundo todo que lá se hospedam.

http://www.laposta-azul.com/


27º DIA - 21/01/12(Domingo)

De Saladillo(Argentina) à Tacuarembó(Uruguai)

Diário 802 km - Geral 11.771 km

Catedral de Lujan na Argentina

 

Já no Uruguai paramos para arrumar a viseira do meu capacete e o calor estava insuportável. Pegamos a térmica de água e vimos que mal dava um copo pra ser dividido entre nós dois. Quando olhamos pro lado, simplesmente apareceu um cara do nada caminhando no asfalto em pleno sol e calor sufocante. Não deu outra, perguntamos à ele se queriar tomar a água.

 

Uruguai mais uma vez nos presenteando com mais um lindo pôr do sol.


28º DIA - 22/01/12(Segunda-feira)

De Tacuarembó(Uruguai) à Porto Alegre/RS(Brasil)

Diário 636 km - Geral 12.407 km

Um desconhecido e agora amigo motociclista de Santana do Livramento/RS, prontamente oferecendo ajuda e nos levando a uma oficina da cidade para um pequeno concerto na moto.

 

Minha mãe lembrou até de comprar a champagne para a comemoração.


29º DIA - 22/01/12(Terça-feira)

De Porto Alegre/RS(Brasil) à Criciúma e Urussanga/SC(Brasil)

Diário 381 km - Geral 12.788 km

Concluído mais um projeto “FORTES” Ventos e dessa vez com o diferencial de levar uma mini bateria na bagagem para a gravação de um Tributo ao baterista Neil Peart(RUSH).

Nos anos de 1997 e 1998, Neil Peart sofreu duas perdas irreparáveis: sua filha Selena de 19 anos num acidente e sua esposa Jackie, alguns meses depois, de câncer. No enterro de sua esposa ele disse aos companheiros da banda que o considerassem aposentado. Tirou um tempo para si e nos anos seguintes, rodou mais de 80.000 km de moto pela América do Norte e Central.

Essas aventuras e muitas considerações sobre a vida e o momento em que viveu com suas perdas foram escritas no livro “Ghost Rider: Travels on the Healing Road” (Motoqueiro Fantasma: Viagens pela Estrada da Cura). Ele retornou ao Rush e às turnês em 2001, mantendo o hábito de viajar de moto. Recentemente, durante o tour do Rush pela América do Sul em 2010, Neil Peart utilizou sua moto para viajar pelos locais dos shows, ao lado de seu amigo Brutus. Partiram de São Paulo, foram ao Rio de Janeiro, Buenos Aires e atravessaram os Andes até o Chile.

Cristiano Forte é Músico/baterista profissional, Educador Musical, Pedagogo e Motociclista. Em sua trajetória acumulam-se premiações como finalista em concursos de bateristas, publicações em revistas de circulação nacional e portais internacionais como da revista Modern Drummer (USA). Ministrou workshops de bateria e promoveu vários eventos musicais trazendo pela primeira vez na região sul de Santa Catarina artistas de renome internacional, entre eles Kiko Freitas, Aquiles Priester, Frank Solari e o lendário guitarrista norte americano Vinnie Moore. Promoveu os eventos denominados “Baterias na Praça”, reunindo mais de 20 bateristas tocando simultaneamente uma peça musical composta por Cristiano Forte. Realiza viagens de moto, entre elas destaca-se o Projeto "FORTES" Ventos, no qual em suas três etapas foram percorridos mais de 30.000 km em estradas do Brasil, Uruguai, Argentina e Chile, na maioria pela Patagônia e levando uma mini bateria na bagagem.

Possui desde 2003 o site www.cristianoforte.com.br

Cristiano Forte is a Musician/Professional drummer, Music teacher, Pedagogue and Motorcyclist.

On his bike tours, stands out the project called "Fortes Ventos" (Strong Winds), which in its three stages over 30.000km were covered around Brazil, Uruguai, Argentina and Chile, mostly through Patagonia roads.

The so called "Fortes Ventos" Project III, has the distinction of taking a mini drum in the luggage for the recording of a tribute to Rush's drummer Neil Peart.

The project took an entire month of bike tour and covered approximately 13.000Km, with most of the path through "Patagonia" region, going to the city of "Ushuaia", the capital city of "Tierra del fuego" province, commonly regarded as the southernmost city in the world before the South Pole.

More information can be found at his website, www.cristianoforte.com.br , online since 2003.

Um "FORTE" abraço!!!

Cristiano Forte

Site: www.cristianoforte.com.br

Twitter: http://twitter.com/cristianoforte

E-mail: cristianoforte@cristianoforte.com.br

Facebook: http://www.facebook.com/cristianoforte

® Copyright Cristiano Forte 2003 - Todos os Direitos Reservados.
Desenvolvido por Juliano Forte - Design - (51)9293-6789